As tendências no mercado de trabalho para os próximos anos
A pandemia, de fato, mudou o curso do ano de 2020. E com isso vieram mudanças de planos, sonhos e objetivos – em todos os âmbitos possíveis nas nossas vidas.
Profissionalmente o impacto também foi muito grande, de forma que tivemos de nos adaptar rapidamente a novos esquemas de trabalho. E este se mostrou um dos maiores desafios em meio à crise sanitária mundial.
Com os modelos de trabalho tendo de ser revistos, grande parte das empresas se mostrou adepta ao serviço remoto. O que mudou significativamente a dinâmica empresarial.
No final do ano passado, houve a Expert XP 2020, uma conferência de investimentos. Nela foram temas de diversos painéis as transformações e tendências do mercado de trabalho que vão permanecer após a crise, bem como dicas para alcançar o sucesso.
O que se prevê é que, no mundo pós pandemia, iremos em direção a um modelo de trabalho híbrido, mais flexível, e também mais exigente.
Confira agora os principais pontos abordados durante a Expert XP 2020.
6 tendências
1. Produtividade x Home Office
Segundo Milton Beck, diretor geral do LinkedIn na América Latina, a tendência é mesmo a adoção de um modelo de trabalho intermediário entre os escritórios e home office.
Durante a crise, empresas passaram a acreditar mais no home office, e funcionários tiveram uma melhor percepção sobre dividir os dias trabalhados em casa e no ambiente profissional.
Beck diz que a chave para equilibrar essa nova forma de trabalhar é uma boa comunicação por parte das lideranças, assim compreendendo que cada funcionário tem percepções e vivências diferentes. Dessa forma, impossibilitando que mantenham níveis de produtividade iguais.
A comunicação deve ser o número um, e a empatia o número dois – ainda de acordo com o diretor do LinkedIn.
2. Concorrência acirrada no mercado
Outro efeito da pandemia, foi a diminuição da oferta de trabalho. E consequentemente, uma maior competição nas vagas disponíveis.
Por isso, quem está em busca de trabalho deve se preparar para uma concorrência ainda mais acirrada – o que é normal nesse momento, segundo Beck.
3. Life long learning
A educação também foi pauta importante durante a Expert XP 2020. E o destaque ficou para o chamado life long learning, ou educação continuada.
Com as mudanças aceleradas no ambiente profissional, quem melhor se adaptar e aplicar o conhecimento contínuo, muito provavelmente terá destaque.
É fato que a crise pode tornar obsoletos os conhecimentos de forma muito rápida. Portanto, a ideia é manter-se atualizado, pois esta mesma crise deve gerar muitas oportunidades para quem estiver preparado para as mudanças no mercado.
4. Procura-se: Habilidades
Houve destaque também para as habilidades que serão mais requisitadas no pós-pandemia.
As principais citadas foram as competências sócio-emocionais, chamadas de soft skills, que têm menos a ver com técnica e mais com comportamento e comunicação, e também colaboração e criatividade.
Assim como humildade para compreender que há sempre mais a aprender, e coragem para executar novas ideias.
5. A importância do LinkedIn na crise
A pandemia trouxe, também, mudança nos processos seletivos para as empresas. Pois as entrevistas presenciais, antes essenciais, transformaram-se em videochamadas.
Nesse contexto, ter um bom perfil no LinkedIn ganhou muita força, já que este se tornou uma ferramenta ainda mais importante para saber quem se está contratando.
Segundo pesquisa realizada pela Greenwich Associates, consultoria especializada em dados sobre serviços financeiros, as redes sociais no Brasil têm influência muito maior na captação de clientes por profissionais do mercado financeiro do que em outros países, por exemplo.
Beck, inclusive, recomenda aos profissionais que usem a ferramenta não só ao buscarem uma nova posição – e sim para se conectar regularmente com empresas do seu setor, pessoas de RH e profissionais que possam ajudar em algum momento. O networking deve ser constante.
6. Diversidade e inclusão
Segundo Andrea Schwarz, CEO e fundadora da iigual, empresa de recrutamento e seleção voltada à cultura inclusiva, as empresas não devem encarar a contratação de minorias como um custo, e sim como investimento.
Muitas empresas ainda contratam, sobretudo pessoas com deficiência, como forma de cumprir a Lei de Cotas, o que é errado sob seu ponto de vista. Desencadeando, em geral, problemas como dificuldade de ascensão na carreira e contratações por tipo de deficiência, e não por qualificação.
De acordo com Luana Génot, fundadora e diretora executiva do Instituto Identidades do Brasil (ID_BR), precisamos criar meios para que esses grupos possam performar financeiramente e ter sua trajetória aproveitada sem passar por caminhos tortuosos.
Em suma, boa parte do mundo corporativo precisa entender que apostar em diversidade e inclusão pode ser estratégico para gerar valor e melhorar os resultados.
Dicas para se tornar bem-sucedido
Ray Dalio, fundador da Bridgewater Associates, compartilhou 5 conselhos para o sucesso:
- Saber quais são seus objetivos;
- Quando tiver problemas, usá-los como uma oportunidade para entender como a realidade funciona e como interagir bem com ela;
- Fazer um diagnóstico do problema;
- Tomar uma decisão para definir uma forma de solucionar o problema;
- Transformar os planos em resultados.
Earvin “Magic” Johnson, astro do basquete mundial e dono da Magic Johnson Enterprises, ressaltou também a importância de se inspirar e aprender com grandes líderes.
O mundo tem mudado rapidamente, e com isso as nossas vidas profissionais também. E é por isso que devemos estar preparados para os novos tempos!